Recentemente houve uma mobilização
nacional, buscando mais uma vez despertar as autoridades para necessidade de se
resolver o problema. Em Alagoas mais dois ciclistas foram vítimas fatais desse
descaso. Um desses acidente ocorreu neste domingo, dia 18, na AL 101 Norte que
culminou com a morte da jornalista Márcia Shoo, de 31 anos, que fazia parte do
movimento Bicicletada em Maceió, movimento que luta pela conscientização e
humanização do trânsito.
Acidentes como esse se tornou
rotina no Estado. Como é o caso de Claudemir, morador do Canaã e pai de três filhos, também morto , após ser atropelado por um
veículo na Avenida Fernandes Lima. Assim
como Claudemir, diversos trabalhadores que
se utilizam da bicicleta como meio de locomação tem sido vítimas do descaso com
que as autoridades públicas tratam a questão.
O que mais precisa acontecer para
que os gestores da máquina pública ouçam e atendam o clamor da sociedade e estabeleçam
medidas de segurança para os cidadãos que diariamente saem de suas casas mas não
sabem se voltam?
Os movimentos de usuários de bicicleta
vem ganhando força e está atraindo cada vez mais as pessoas. A iniciativa visa
conscientizar motoristas e ciclistas de que a convivência entre carros e bicicletas
no trânsito é possível, isso é claro, quando as rodovias têm calçamento e uma
ciclovia.
O ciclismo utilitário (aquele
usado como meio de transporte) traz benefícios sociais, econômicos e ambientais
e proporcionam melhorias na saúde
pública, no tráfego, diminui a poluição do ar, melhora a qualidade de vida das pessoas, propicia
a inclusão social e acarreta grandes benefícios para o desenvolvimento das
crianças.
Portanto, Alagoas precisa adotar
medidas urgentes no sentido de estruturar melhor os espaços públicos, pensando
coletiva e inclusivamente, criando ciclovias, promover o convívio entre os
carros e bicicletas, possibilitar o deslocamento seguro também do cadeirante,
idoso, deficiente visual e outros.
Olga Miranda
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